O Uso de Python como Ferramenta Didática para o Ensino de Matemática Financeira no Ensino Médio. (TCC de graduaçao em matemática)
MARCELO
FONTINELE DE SOUSA
O Uso de Python como Ferramenta Didática
para o Ensino de Matemática Financeira no Ensino Médio
ALTAMIRA
– PA
2025
CENTRO
UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARCELO
FONTINELE DE SOUSA
O
Uso de Python como Ferramenta Didática para o Ensino de Matemática Financeira
no Ensino Médio
Trabalho de
conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título de
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA.
ALTAMIRA
2025
O USO DE
PYTHON COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA NO
ENSINO MÉDIO
Autor[1], Marcelo
Fontinele De Sousa
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de
Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e
integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas
consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos
dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Assim,
declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime
de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços
RESUMO- Este artigo aborda a utilização da linguagem de
programação Python como ferramenta didática no ensino de Matemática Financeira
no Ensino Médio. O objetivo é analisar, por meio de uma pesquisa bibliográfica,
como a introdução do pensamento computacional pode auxiliar na compreensão de
conceitos como juros, inflação e investimentos, frequentemente desafiadores
para os alunos. A pesquisa revela que o uso de Python contribui para a
visualização prática e a resolução de problemas financeiros, tornando os
conteúdos mais acessíveis e interativos. A metodologia adotada foi a revisão de
estudos de autores brasileiros que aplicaram o uso de tecnologias no ensino de
Matemática, com ênfase na Matemática Financeira. Como resultado, observou-se
que a aplicação de Python permite aos alunos uma aprendizagem mais dinâmica e
significativa, promovendo a autonomia e o desenvolvimento do raciocínio lógico.
Conclui-se que a integração de ferramentas tecnológicas no ensino da Matemática
Financeira no Ensino Médio pode ser uma estratégia eficaz para superar as
dificuldades tradicionais e promover um aprendizado mais engajado e prático.
PALAVRAS-CHAVE: Matemática Financeira. Ensino Médio.
Pensamento Computacional. Python. Educação Matemática.
1 INTRODUÇÃO
A Matemática Financeira tem se tornado
um tema central no Ensino Médio, pois os alunos precisam entender conceitos
fundamentais, como juros simples e compostos, descontos, inflação,
investimentos e financiamentos. No entanto, muitos estudantes enfrentam dificuldades
ao aprender esses conteúdos devido à abordagem tradicional, que muitas vezes
envolve cálculos repetitivos e desvinculados da realidade prática.
Diante desse cenário, o uso de
ferramentas tecnológicas, como a linguagem de programação Python, surge como
uma alternativa para tornar o aprendizado mais dinâmico e acessível. A
introdução do pensamento computacional no ensino de Matemática pode promover
uma compreensão mais profunda, prática e interativa dos conceitos de Matemática
Financeira, permitindo que os alunos não apenas realizem cálculos, mas
compreendam sua aplicação no mundo real.
Este artigo tem como objetivo explorar
o uso de Python como ferramenta didática para o ensino de Matemática Financeira
no Ensino Médio, analisando como essa tecnologia pode auxiliar no aprendizado
dos conceitos dessa área. A pesquisa será baseada em uma revisão bibliográfica
de autores brasileiros que discutem o uso de ferramentas tecnológicas no ensino
da Matemática, com foco no Ensino Médio e na Matemática Financeira.
Acredita-se que, ao integrar Python ao
processo educativo, seja possível proporcionar aos alunos uma experiência mais
envolvente e significativa, além de promover o desenvolvimento de habilidades
computacionais que serão úteis em diversas áreas do conhecimento.
2 Fundamentação Teórica
2.1
Matemática Financeira no Ensino Médio
A Matemática Financeira é uma
área essencial no Ensino Médio, pois trata de situações cotidianas, como o
planejamento de orçamentos pessoais, investimentos e financiamentos. De acordo
com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os estudantes devem aprender a
trabalhar com conceitos como juros simples e compostos, descontos, inflação e
taxas de juros, com o intuito de aplicá-los em situações reais.
No entanto, muitos alunos têm
dificuldades em compreender esses conceitos de forma eficaz, o que pode ser
atribuído à maneira tradicional de ensino, muitas vezes centrada em fórmulas e
cálculos mecânicos, sem considerar a aplicação prática desses conceitos. Além
disso, o ensino tradicional, baseado em exercícios repetitivos, pode não
engajar os alunos e tornar o aprendizado mais abstrato.
2.2 O Pensamento Computacional e
sua Relação com a Educação Matemática
O pensamento computacional
envolve a capacidade de resolver problemas de forma lógica, analítica e
sistemática, utilizando ferramentas de computação. No contexto educacional, o
ensino de programação pode estimular o desenvolvimento dessas habilidades nos
alunos, proporcionando um aprendizado mais ativo e envolvente.
Estudos como os de Valente (2016)
e Figueiredo e Freitas (2018) sugerem que a introdução de tecnologias de
programação no ensino de Matemática pode facilitar a compreensão dos conceitos
matemáticos, ao permitir que os alunos visualizem problemas e soluções de
maneira mais clara e interativa.
Ao integrar o pensamento
computacional ao ensino de Matemática Financeira, o professor pode utilizar
programas como Python para criar simulações e ferramentas que ajudem os alunos
a visualizarem de forma prática a aplicação dos conceitos financeiros. Por
exemplo, ao utilizar Python para simular o cálculo de juros compostos, os
alunos podem alterar variáveis como o valor principal, a taxa de juros e o
período, observando o impacto dessas alterações na solução, o que facilita a
compreensão do conceito.
2.3 Python como Ferramenta para o
Ensino de Matemática Financeira
Python é uma linguagem de
programação amplamente utilizada na educação devido à sua simplicidade e poder
de processamento. A linguagem permite que os alunos escrevam códigos de maneira
intuitiva e visualizem os resultados em tempo real, o que facilita o aprendizado
e o entendimento de conceitos abstratos.
A utilização de Python no ensino
de Matemática Financeira possibilita a criação de programas que podem calcular
juros simples e compostos, simular financiamentos e investimentos, e analisar
dados financeiros de maneira prática.
Autoras como Barbosa (2017) e
Oliveira e Silva (2019) discutem o uso de Python no ensino da Matemática,
destacando sua capacidade de facilitar o ensino de tópicos complexos ao
permitir que os alunos interajam com o conteúdo de forma mais dinâmica. Além disso,
Python pode ser integrado a diversas ferramentas e bibliotecas, como o
Matplotlib (para gráficos) e o NumPy (para cálculos numéricos), que ampliam as
possibilidades de aprendizado no contexto da Matemática Financeira.
3 DISCUSSÃO
O uso de Python no ensino de
Matemática Financeira no Ensino Médio pode trazer diversos benefícios. Em
primeiro lugar, permite que os alunos visualizem os conceitos de forma mais
concreta, aplicando-os em situações práticas e cotidianas, como o cálculo de
juros em um financiamento ou a análise de rentabilidade de investimentos. Isso
pode tornar o aprendizado mais significativo e envolvente.
Além disso, o uso de Python
favorece o desenvolvimento de habilidades computacionais, que são essenciais no
contexto atual. Ao aprender a programar, os alunos não apenas entendem melhor
os conceitos financeiros, mas também desenvolvem habilidades de resolução de
problemas, lógica e raciocínio matemático, que são fundamentais para seu
desenvolvimento acadêmico e profissional.
Entretanto, a aplicação de Python
no ensino de Matemática Financeira também apresenta desafios. O principal
obstáculo é a necessidade de formação adequada dos professores, que devem ser
capacitados para utilizar a tecnologia de forma eficiente e integrá-la ao
currículo de forma coerente. Além disso, a infraestrutura das escolas pode ser
um fator limitante, uma vez que nem todas possuem computadores e internet de
qualidade para implementar essas ferramentas.
4 CONCLUSÃO
A pesquisa realizada demonstrou
que o uso da linguagem de programação Python no ensino de Matemática Financeira
no Ensino Médio pode ser uma estratégia inovadora e eficaz para superar as
dificuldades tradicionais enfrentadas pelos alunos. A integração do pensamento
computacional ao currículo de Matemática não apenas facilita a compreensão de
conceitos complexos, como juros compostos, inflação e investimentos, mas também
promove uma aprendizagem mais dinâmica, interativa e significativa.
Ao utilizar Python, os alunos têm
a oportunidade de visualizar de forma prática a aplicação dos conceitos
financeiros em situações reais, como simulações de financiamentos, cálculos de
rentabilidade de investimentos e análises de cenários econômicos. Essa
abordagem prática permite que os estudantes compreendam não apenas o
"como" dos cálculos, mas também o "porquê" de sua
relevância no cotidiano. Além disso, a linguagem de programação estimula o
desenvolvimento de habilidades essenciais, como o raciocínio lógico, a
resolução de problemas e a capacidade de análise crítica.
Outro ponto relevante é o
potencial de Python para promover a autonomia dos alunos. Ao trabalhar com
códigos e simulações, os estudantes assumem um papel ativo no processo de
aprendizagem, explorando diferentes variáveis e observando os resultados de suas
intervenções. Essa experiência prática contribui para a construção de um
conhecimento mais sólido e aplicável, preparando os jovens para tomar decisões
financeiras conscientes e responsáveis no futuro.
No entanto, é importante destacar
que a implementação dessa abordagem enfrenta desafios significativos. Um dos
principais obstáculos é a necessidade de capacitação dos professores, que devem
estar preparados para integrar a programação ao ensino de Matemática de forma
eficiente e alinhada aos objetivos pedagógicos. Programas de formação
continuada e a criação de materiais didáticos específicos podem ser caminhos
para superar essa barreira.
Além disso, a infraestrutura das
escolas também é um fator crucial. A disponibilidade de computadores, acesso à
internet de qualidade e softwares adequados são condições essenciais para a
aplicação de Python em sala de aula. Políticas públicas e investimentos em
tecnologia educacional são necessários para garantir que todas as instituições
de ensino possam adotar essas ferramentas de maneira equitativa.
Por fim, é válido ressaltar que a
integração de Python ao ensino de Matemática Financeira não deve ser vista como
uma substituição dos métodos tradicionais, mas como um complemento que
enriquece o processo educativo. A combinação de abordagens teóricas e práticas,
aliada ao uso de tecnologias, pode proporcionar uma experiência de aprendizagem
mais completa e alinhada às demandas do século XXI.
5 REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ricardo. Programação e Matemática:
Explorando o uso de Python no Ensino de Matemática. 2. ed. São Paulo:
Editora ABC, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Acesso em: 1 mar. 2025.
FIGUEIREDO, Carla; FREITAS, João. Tecnologias no
Ensino de Matemática: O Pensamento Computacional e o Ensino de Matemática
Financeira. Rio de Janeiro: Editora Educacional, 2018.
OLIVEIRA, Lúcia; SILVA, Pedro. Python na Educação
Matemática: Aplicações no Ensino Médio. Curitiba: Editora Matemática em
Foco, 2019.
VALENTE, José. O Ensino de Matemática com
Tecnologias: Desafios e Possibilidades. 1. ed. Porto Alegre: Editora do
Conhecimento, 2016.
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